Violência aumenta em São Gonçalo enquanto efetivo da PM reduziu para a metade, diz vereador Mendes
“Já falei aqui em pronunciamentos. A questão da segurança já era pra ter sido decretada calamidade. Nós não podemos mais continuar com essa situação”. O desabafo é do vereador Raimundo Mendes, ex-presidente da Câmara de São Gonçalo, ex-policial, advogado e líder do PMB no Estado.
O parlamentar disse que não lhe causou surpresa os dados do Instituto de Pesquisa e Economia Aplicada (IPEA), que divulgou esta semana o atlas da violência dos municípios brasileiros. Segundo o levantamento, São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, ocupa a 3a posição entre os municípios mais violentos do Brasil. Perde apenas para Maracanaú, no Ceará, e Altamira, no Pará.
Mendes destacou que o executivo municipal tem investido na preparação e conscientização dos jovens através do Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd) nas escolas.
O parlamentar mencionou ainda o papel da guarda municipal na preservação das vidas e patrimônio público. Mas reitera que a guarda tem limitações e que tem conversado com o prefeito Paulo Emídio para que se realize concurso público no município visando a contratação de mais guardas municipais. “E ele tá querendo fazer, pra aumentar o efetivo”, apontou.
CONVÊNIO - Recentemente a governadora Fátima Bezerra entregou três automóveis e uma motocicleta para a Delegacia de São Gonçalo do Amarante. A iniciativa teve o propósito de ajudar a controlar e reduzir dos índices de violências e de crimes praticados no município.
“O problema é que não adianta investir em equipamentos e armamentos e não ter efetivo para garantir a segurança. Na época de Wilma de Farias o efetivo da Polícia Militar era de 120 homens.Hoje é metade disso. Sem o operador de segurança, não há como fazer policiamento ostensivo”, garantiu.
Mendes ainda destacou que já houve inúmeras reuniões com a Secretaria de Segurança, com a presença de vereadores, promotores, juízes e delegados. “Quando a situação está caótica eles mandam um efetivo pra cá por 15 ou 30 dias. Quando diminui aquela conjuntura eles seguem pra outro canto”.
O presidente do PMB disse ainda que a governadora prometeu um batalhão de polícia para São Gonçalo. “Mas quem está com fome não pode esperar pra comer no dia seguinte. Quem está desesperado sem segurança é a nossa população e nosso povo não quer saber de onde vem essa ajuda: se é do governo federal, do estado ou município. eles querem ter sensação de segurança e a certeza que vão sair de casa e voltar. O que temos de concreto hoje é: estamos enxugando gelo”, concluiu.
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