Mendes diz que as Polícias Civil e Militar vêm sendo sacrificadas pelo governo do RN
O vereador Raimundo Mendes (PMB) continua denunciando o descaso com a segurança pública de São Gonçalo do Amarante. Na sessão legislativa desta segunda-feira, 26, o parlamentar destacou que a escalada da violência no município é culpa do Governo que não investe em efetivo, nem em policiamento preventivo.
O vereador, que conhece bem a conjuntura da base da segurança, uma vez que já integrou as duas polícias, Civil e Militar, criticou ainda a estatística da violência em São Gonçalo, computada pelo Governo do Rio Grande do Norte. O parlamentar informou que a Secretaria de Segurança Pública desconsidera de sua base de dados os indivíduos mortos em confronto com a polícia. O que faz com que os índices de violência sejam relativizados, quando, na verdade, os indicadores apontam que há um total descontrole no combate à criminalidade.
Para o vereador, o crime tem que ser combatido com a prevenção. “E prevenção se faz prendendo traficantes, desarmando assaltantes e enfrentando o crime antes que ele aconteça. No RN não se faz policiamento preventivo. Ao invés disso, se corre atrás do prejuízo depois que alguém morre ou há algum assalto”.
Na avaliação do parlamentar, o município precisa, pelo menos, de duas delegacias. Essa reivindicação do parlamentar é antiga. “Somos o 4º maior município do RN e não temos uma delegacia do Estado”, destacou o vereador que traçou um comparativo com outra cidade do Estado. “Caicó, que tem pouco mais da metade do povo de São Gonçalo, tem duas delegacias e um Batalhão de Polícia”.
SEIS POR MEIA DÚZIA - Na semana passada, Raimundo Mendes participou, junto com o prefeito Paulo Emídio e vários vereadores de São Gonçalo, de uma reunião com a cúpula da segurança pública do Estado onde foi dito que haverá o ingresso de mil homens nas forças policiais. “Vão entrar 1.000 e sair 1.200 porque 800 vão se aposentar e tem mais 400 que saíram porque passaram em concurso, porque morreram ou saíram por outros motivos. Ou seja, o grande problema vai continuar sendo o efetivo: menos de oito mil homens para quase 10 mil presos”.
POLÍCIA SACRIFICADA - Mendes também acusa Governo Estadual de cometer prevaricação, que é um crime praticado por funcionário público contra a Administração Pública, ao retardar ou deixar de fazer algo que deve ser feito ou quando há violação elementar de dever inerente ao cargo que se exerce.
“A Polícia Militar, sem a mínima estrutura e material humano, vem sendo sacrificada. Com a Polícia Civil não é diferente. Temos uma delegacia precária em São Gonçalo, com cinco ou seis homens. Os policiais têm feito das tripas, coração e o vice-governador, que é um procurador do Estado, demonstrou que o sistema de segurança no RN está cada dia prevaricando mais”.
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