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quarta-feira, 16 de março de 2016

PROFESSORES CONTINUAM EM GREVE.




Nesta terça-feira (15), os servidores da Educação de São Gonçalo do Amarante, em greve desde 3 de março, saíram em passeata pelas ruas de São Gonçalo carregando tecidos em azul e branco, além de algumas auréolas de brinquedo na cabeça, num protesto inusitado, ironizando o comentário que o prefeito Jaime Calado fez na última audiência dele com a categoria, no dia 10 de março. O prefeito, em tom de deboche, teve a ousadia de dizer que "os professores estão no céu". Por isso, a categoria saiu hoje pelas ruas mostrando os vários pedacinhos de céu que existem nos problemas das escolas municipais, como paredes rachadas, mofo, vazamentos nos banheiros, fios expostos, cozinhas mal equipadas, etc.

Logo após, os servidores se reuniram com a Promotora de Justiça, Rosana Moreno, para dialogar sobre o andamento de processos referentes à pasta da Educação, que foram judicializados no começo de 2015. Entre eles, a ação judicial sobre a legalidade de contratação de estagiários para atuar em salas de aula e o processo referente à estrutura física das escolas, que fazem parte da pauta de reivindicações da greve.

Sobre a estrutura física das escolas, a promotora informou que desde o ano passado tem acompanhado a execução de melhorias em algumas escolas, mas admitiu que há muito ainda a ser feito. Já sobre a questão dos estagiários, ela informou que foi encaminhada a última petição do processo, solicitando o julgamento, e que o Ministério Público está aguardando a decisão judicial. Ela ainda acrescentou que espera que o município seja realmente obrigado a tirar os estagiários de sala de aula e fazer, caso seja verificada a necessidade real de professores, contratação por meio de concurso público.

A promotora também se posicionou sobre outras reivindicações dos servidores, como a questão da diferença salarial de 30% entre servidores de nível médio e superior: “Eu acredito que a categoria tem razão e legitimidade em alguns pontos, um deles é a diferença salarial entre o nível médio e o nível superior, que foi suprimida alguns anos atrás, além da questão dos processos de promoção, que realmente demoram muito. E também falta uma solução definitiva para que as aposentadorias sejam efetivadas”, afirmou a promotora de Justiça.

Por último, a promotora assumiu o compromisso de atuar como mediadora nas negociações entre os grevistas e a prefeitura: “Meu compromisso hoje aqui foi esclarecer a vocês sobre o andamento dos processos e tentar promover uma nova audiência entre a categoria e o município e desta vez coma participação da Câmara de Vereadores, que eu acho importantíssima nessa discussão”, completou a promotora.
TIREM SUAS CONCLUSÕES.

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